domingo, 19 de abril de 2009

POEMA DE GONÇALVES DIAS

"CANÇÃO DO TAMOIO."
I
"Não chores, meu filho;
não chores, que a vida
é luta renhida:
viver é lutar.
a vida é combate,
que os fracos abate,
que os fortes, os bravos
só pode exaltar.
II
Um dia vivemos!
O homem que é forte
não teme da morte;
só teme fugir;
no arco que entesa
tem certa uma presa,
quer seja tapuia,
condor ou tapir.
III
O forte, o cobarde
seus feitos inveja
de o ver na peleja
garboso e feroz;
e os tímidos velhos
nos graves conselhos,
urvadas as frontes,
escutam-lhe a voz!
"
Antônio Gonçalves Dias, poeta, professor, crítico de história, etnólogo. Nasceu em Caxias (MA), em 10 de agosto de 1823. Faleceu em 3 de novembro de 1864. É o patrono da Cadeira n. 15 escolhido por Olavo Bilac. Filho de comerciante português, natural de Trás-os-Montes, e de Vicência Ferreira, mestiça. Perseguido pelas exaltações nativistas, o pai refugiou-se com a companheira perto de Caxias, onde nasceu o futuro poeta. Em 1838 Gonçalves Dias embarca para Portugal, para prosseguir nos estudos, com a ajuda da madrasta pôde matricular-se no curso de Direito em Coimbra. A situação financeira da família tornou-se difícil em Caxias, por efeito da Balaiada, e a madrasta pediu-lhe que voltasse, mas ele prosseguiu nos estudos graças ao auxílio de colegas, formando-se em 1845. Em Coimbra, ligou-se ao grupo dos poetas que Fidelino de Figueiredo chamou de “medievalistas”. Em 1843 apresenta a “Canção do exílio”, um das mais conhecidas poesias da língua portuguesa. Regressando ao Brasil em 1845, e em meados de 1846, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde morou até 1854. Compôs em 1846 o drama Leonor de Mendonça, que o Conservatório do Rio de Janeiro impediu de representar a pretexto de ser incorreto na linguagem; em 1847 saíram os Primeiros cantos, com as “Poesias americanas”, que mereceram artigo encomiástico de Alexandre Herculano; no ano seguinte, publicou os Segundos cantos e, para vingar-se dos seus gratuitos censores, escreveu as Sextilhas de frei Antão, em que a intenção aparente de demonstrar conhecimento da língua o levou a escrever um “ensaio filológico”, num poema escrito em idioma misto de todas as épocas por que passara a língua portuguesa até então. Em 1849, foi nomeado professor de Latim e História do Colégio Pedro II e fundou a revista Guanabara, com Macedo e Porto Alegre. Em 1851, publicou os Últimos cantos, encerrando a fase mais importante de sua poesia.
A melhor parte da lírica dos Cantos inspira-se ora da natureza, ora da religião, mas, sobretudo de seu caráter e temperamento. Sua poesia é eminentemente autobiográfica. Sua obra poética, lírica ou épica, enquadrou-se na temática “americana”, isto é, de incorporação dos assuntos e paisagens brasileiros na literatura nacional, fazendo-a voltar-se para a terra natal. Ao lado da natureza local, recorreu aos temas em torno do indígena, o homem americano primitivo, tomado como o protótipo de brasileiro, desenvolvendo, com José de Alencar na ficção, o movimento do “Indianismo”. Os indígenas, com suas lendas e mitos, seus dramas e conflitos, suas lutas e amores, sua fusão com o branco, ofereceram-lhe um mundo rico de significação simbólica. Gonçalves Dias foi o que mais alto elevou o Indianismo. A obra indianista está contida nas “Poesias americanas” dos Primeiros cantos, nos Segundos cantos e Últimos cantos, sobretudo nos poemas “Marabá”, “Leito de folhas verdes”, “Canto do piaga”, “Canto do tamoio”, “Canto do guerreiro” e “I-Juca-Pirama”, este talvez o ponto mais alto da poesia indianista. Pela obra lírica e indianista, Gonçalves Dias é um dos mais típicos representantes do Romantismo brasileiro e forma com José de Alencar na prosa a dupla que conferiu caráter nacional à literatura brasileira.

sábado, 11 de abril de 2009

HOMENAGEM PARA TODOS(AS) SEGUIDORES E VISITANTES.

GRATIDÃO E PRÊMIO.
OUVINDO CORAÇÕES.
“Grande sabedoria é saber olhar a vida com olhos de ver. Enxergar as coisas de maneira diversa da habitual. Ir além das aparências. Nós não somos apenas ossos, músculos, tendões, unhas, cabelos, sangue. Somos tudo isso e mais a essência, o espírito. É essa essência que nos faz ficar doentes ou recuperar a saúde quando se instala uma doença sem bons prognósticos. Assim, não se pode imaginar medicina sem os remédios, bisturis, equipamentos, poções. Mas, a essência não pode ser esquecida. Dr. Josh era um talentoso cirurgião oncológico. Depois de alguns anos, começara a ter problemas. Mal conseguia se levantar da cama todas as manhãs porque sabia que iria ouvir as mesmas queixas, dia após dia. De tanto ouvir falar de dores e assistir ao sofrimento, deixara de se importar. Para que tudo aquilo, afinal? Muitos pacientes ele nem conseguia que se recuperassem. Então, uma amiga lhe observou que ele precisava ter novos olhos. O importante não era mudar de hospital, de atividade. Era ele olhar o mesmo cenário, de forma diferente. E lhe sugeriu que, a cada dia, durante 15 minutos, ele rememorasse os acontecimentos e respondesse a si mesmo: "o que me surpreendeu hoje? O que me perturbou ou me emocionou hoje? O que me inspirou hoje?" Ele ficou em dúvida, mas tentou. Três dias depois, a única resposta que conseguia dar para as três questões era nada, nada, nada. A amiga lhe sugeriu que ele olhasse as pessoas ao seu redor como se fosse um escritor, um jornalista, ou quem sabe, um poeta. Procurasse histórias. Seis semanas depois, Josh encontrou-se com ela outra vez e lhe falou das suas experiências. Estava mudado. Sereno. Nos primeiros dias, a única coisa que o surpreendera tinha sido o tumor de algum paciente que diminuía ou regredira poucos centímetros. O mais inspirador, uma droga nova, ainda em experiência, a ser ministrada aos pacientes. Certo dia, observando uma mulher de apenas 38 anos, que ele havia operado de um câncer no ovário, tudo mudou. Ela estava muito debilitada pela quimioterapia. Sentada em uma cadeira, tinha ao seu lado as filhas de quatro e seis anos. As duas meninas estavam bem arrumadas, felizes e amadas."Como ela fazia aquilo?" Aproximou-se e lhe disse que a achava uma mulher maravilhosa, uma mãe fora do comum. Mesmo depois de tudo o que havia passado, ele observava que havia dentro dela algo muito forte. Uma força que a estava curando. A partir daí, ele começou a perguntar aos pacientes o que lhes dava forças na sua luta contra a doença. As respostas eram muito diversas. O importante é que ele descobriu que tinha interesse em ouvir. Se antes já era um excelente cirurgião, deu-se conta de que agora, e somente agora, as pessoas vinham lhe agradecer pela cirurgia. Algumas até lhe davam presentes. Mudou o seu relacionamento com os doentes. Contando tudo isso para a amiga, ele retirou do bolso um estetoscópio com seu nome gravado e o mostrou, comovido. Presente de um paciente. Quando a amiga lhe perguntou o que é que iria fazer com aquilo, ele sorriu e respondeu: "Ouvir os corações, Rachel. Ouvir os corações." (Do Livro "As bênçãos do meu avô" de Rachel Naomi - Editora Sextante)
Encontrar o sentido das coisas nem sempre é fazer algo diferente. Por vezes, é somente enxergar o cotidiano, a rotina de uma nova forma diferente. A vida pode ser vista de várias maneiras: com os olhos, com a mente, com a intuição. Mas a vida só é verdadeiramente conhecida por aqueles que falam e ouvem a linguagem do coração e valorizam a amizade.
Cora Coralina escreveu; “Não sei ...se a vida é curta ou longa demais para nós, Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas. O que importa na vida não é o ponto de partida, mas a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.”
Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho. A todas elas chamamos de amigo. Há muitos tipos de amigos; o amigo pai e a amiga mãe, depois vêm o amigo irmão, o destino ainda nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho. Muitos desse são designados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz... Mas também há aqueles amigos por um tempo, apesar de distantes, quando menos se espera aparecem novamente. Porém quero mesmo referir-me aos amigos (as) internautas que embora longe e sem conhecermos de perto, passam e marcam o nosso caminho e passam a alimentar as raízes de uma nova amizade com alegria. Por isso dedico para todos vocês meus amigos (as) da “internet” visitantes e/ou seguidores o texto postado acima, como justa e merecida homenagem por terem iniciado comigo está caminhada em 24 de feveriro de 2009, momento que iniciei a construção deste blog, confesso que nunca havia pensado nisto antes, hoje sinto-me honrado e feliz com suas presenças assiduas, obrigado de coração a todos vocês que me incentivam e me apoiam, tendo ao longo desta jornada dado a todo momento provas de; boa parceria, amizade, afeto, lealdade, alegria, simpatia, carinho e apoio ao trabalho aqui desenvolvido. Manifestados quer seja; através das visitas, ou postando comentário, ou seguindo,ou oferecendo prêmios e selos, ou solicitando parcerias, ou outras.
Portanto quero dedicar para todos além do texto "OUVINDO CORAÇÔES", um prêmio do selo que desenvolvi especialmente para esta comemoração: “ESTE BLOG PROMOVE DEUS. AVIVA SUA FÉ.” O Selo esta postado ao lado, todos fiquem a vontade podendo levar para os seus BLOG’S este prêmio e ainda podem repassar premiando mais 10(dez) amigos que queiram contemplar. As regras serão as mesmas aplicadas sempre quando recebermos um selo. Regras: 1. Exiba a imagem do prémio. 2. Poste o link do blog que o premiou. 3. Publique as regras. 4. Indique dez blogs para receberem. 5. Avise os indicados... Finalmente cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Fica aqui o meu muito obrigado para todos que continuam conosco lado a lado nesta jornada, também para aqueles que certamente ainda virão somar-se a fileira dos novos amigos. Gratidão é uma virtude maravilhosa e fértil, portanto cresce no solo em que for lançada, precisando ser adubada, regada e nutrida com a luz do sol, assim sendo tenho motivos de sobra para homenageá-los (las). Lembrando ainda que se acenderes a tua Luz Interior, verás que não segues a sós, nem tão pouco na escuridão. Muito Obrigadooooo . . . . . . . . .