I
"Não chores, meu filho;
não chores, que a vida
é luta renhida:
viver é lutar.
a vida é combate,
que os fracos abate,
que os fortes, os bravos
só pode exaltar.
II
Um dia vivemos!
O homem que é forte
não teme da morte;
só teme fugir;
no arco que entesa
tem certa uma presa,
quer seja tapuia,
condor ou tapir.
III
O forte, o cobarde
seus feitos inveja
de o ver na peleja
garboso e feroz;
e os tímidos velhos
nos graves conselhos,
urvadas as frontes,
escutam-lhe a voz! "
Antônio Gonçalves Dias, poeta, professor, crítico de história, etnólogo. Nasceu em Caxias (MA), em 10 de agosto de 1823. Faleceu em 3 de novembro de 1864. É o patrono da Cadeira n. 15 escolhido por Olavo Bilac. Filho de comerciante português, natural de Trás-os-Montes, e de Vicência Ferreira, mestiça. Perseguido pelas exaltações nativistas, o pai refugiou-se com a companheira perto de Caxias, onde nasceu o futuro poeta. Em 1838 Gonçalves Dias embarca para Portugal, para prosseguir nos estudos, com a ajuda da madrasta pôde matricular-se no curso de Direito em Coimbra. A situação financeira da família tornou-se difícil em Caxias, por efeito da Balaiada, e a madrasta pediu-lhe que voltasse, mas ele prosseguiu nos estudos graças ao auxílio de colegas, formando-se em 1845. Em Coimbra, ligou-se ao grupo dos poetas que Fidelino de Figueiredo chamou de “medievalistas”. Em 1843 apresenta a “Canção do exílio”, um das mais conhecidas poesias da língua portuguesa. Regressando ao Brasil em 1845, e em meados de 1846, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde morou até 1854. Compôs em 1846 o drama Leonor de Mendonça, que o Conservatório do Rio de Janeiro impediu de representar a pretexto de ser incorreto na linguagem; em 1847 saíram os Primeiros cantos, com as “Poesias americanas”, que mereceram artigo encomiástico de Alexandre Herculano; no ano seguinte, publicou os Segundos cantos e, para vingar-se dos seus gratuitos censores, escreveu as Sextilhas de frei Antão, em que a intenção aparente de demonstrar conhecimento da língua o levou a escrever um “ensaio filológico”, num poema escrito em idioma misto de todas as épocas por que passara a língua portuguesa até então. Em 1849, foi nomeado professor de Latim e História do Colégio Pedro II e fundou a revista Guanabara, com Macedo e Porto Alegre. Em 1851, publicou os Últimos cantos, encerrando a fase mais importante de sua poesia.
A melhor parte da lírica dos Cantos inspira-se ora da natureza, ora da religião, mas, sobretudo de seu caráter e temperamento. Sua poesia é eminentemente autobiográfica. Sua obra poética, lírica ou épica, enquadrou-se na temática “americana”, isto é, de incorporação dos assuntos e paisagens brasileiros na literatura nacional, fazendo-a voltar-se para a terra natal. Ao lado da natureza local, recorreu aos temas em torno do indígena, o homem americano primitivo, tomado como o protótipo de brasileiro, desenvolvendo, com José de Alencar na ficção, o movimento do “Indianismo”. Os indígenas, com suas lendas e mitos, seus dramas e conflitos, suas lutas e amores, sua fusão com o branco, ofereceram-lhe um mundo rico de significação simbólica. Gonçalves Dias foi o que mais alto elevou o Indianismo. A obra indianista está contida nas “Poesias americanas” dos Primeiros cantos, nos Segundos cantos e Últimos cantos, sobretudo nos poemas “Marabá”, “Leito de folhas verdes”, “Canto do piaga”, “Canto do tamoio”, “Canto do guerreiro” e “I-Juca-Pirama”, este talvez o ponto mais alto da poesia indianista. Pela obra lírica e indianista, Gonçalves Dias é um dos mais típicos representantes do Romantismo brasileiro e forma com José de Alencar na prosa a dupla que conferiu caráter nacional à literatura brasileira.
A melhor parte da lírica dos Cantos inspira-se ora da natureza, ora da religião, mas, sobretudo de seu caráter e temperamento. Sua poesia é eminentemente autobiográfica. Sua obra poética, lírica ou épica, enquadrou-se na temática “americana”, isto é, de incorporação dos assuntos e paisagens brasileiros na literatura nacional, fazendo-a voltar-se para a terra natal. Ao lado da natureza local, recorreu aos temas em torno do indígena, o homem americano primitivo, tomado como o protótipo de brasileiro, desenvolvendo, com José de Alencar na ficção, o movimento do “Indianismo”. Os indígenas, com suas lendas e mitos, seus dramas e conflitos, suas lutas e amores, sua fusão com o branco, ofereceram-lhe um mundo rico de significação simbólica. Gonçalves Dias foi o que mais alto elevou o Indianismo. A obra indianista está contida nas “Poesias americanas” dos Primeiros cantos, nos Segundos cantos e Últimos cantos, sobretudo nos poemas “Marabá”, “Leito de folhas verdes”, “Canto do piaga”, “Canto do tamoio”, “Canto do guerreiro” e “I-Juca-Pirama”, este talvez o ponto mais alto da poesia indianista. Pela obra lírica e indianista, Gonçalves Dias é um dos mais típicos representantes do Romantismo brasileiro e forma com José de Alencar na prosa a dupla que conferiu caráter nacional à literatura brasileira.
Olá Valdemir,
ResponderExcluirVim agradecer sua visita e tambem gostei muito dos seus dois blogs! Depois voltarei com calma para ler com a devida atenção.
Obrigada pelas palavras amaveis e parabens por seu trabalho nesses espaços!
Abraços
Gonçalves Dias e José de Alencar dois romantistas que valorizam o indígena e o cenário natural brasileiro... Gosto muito particurlamente das obras de José de Alencar..
ResponderExcluirahh vim ti disser pra dar uma passadinha lá pelo meu cantinho .. tenho uma meme lá pra ti..espero que curta..=D
fica com Deus...
bjoOo
Olá Valdemir,
ResponderExcluirVim agradecer sua visita,gostei muito de sua visita, e comentário em blog,virei mais vzs.
um beijos
Mari
Olá, antes de mais obrigado pelo comentario tão confortante que me deixou, e muito agradavel ler comentarios assim.
ResponderExcluirO seu blog é muito bom, um cantinho especial que visitarei com certeza.
Que um anjo o ilumine
Abraços
amigo gratidão...
ResponderExcluirsuas palavras alimentam meu espirito.
De todas as coisas que a sabedoria nos dá *.:'
para nos fazer completamente felizes,
':.*a maior delas é a AMIZADE!
Beijos de luz!
Veja que vídeo "LINDO!"além de muito lindo e verdadeiro, é uma mensagem que lhe dedico.
. Eu "adorei", espero que vc também
goste.
http://br.youtube.com/watch?v=SoDHLXub_CE&feature=related
Beijos Ternos..!
Amigo, obrigada pela visita e pelas palavras tão belas.
ResponderExcluirAmigo, estou aqui, águia a cruzar o espaço, a contemplar o céu, fitar as estrelas e vislumbrar-me com o infinito. Estou aqui a imaginar, por trás de cada estrela que universo se constrói ou se construiu. A enxergar as mãos de deus, em cada construção, em cada movimento, em cada vento que sopra, em cada nuvem que partiu. E a acreditar que, no estrondoso barulho das cidades, ainda se pode ouvir a voz da Esperança a gritar, a bradar: O Amor existe e ainda está aqui.
Um grande abraço e que Deus o abençõe, SEMPRE!
Vim te visitar...ler teus textos...que são gratificantes...!
ResponderExcluirAgradeço também tuas palavras em meu espaço... me deixa muito feliz ter amigos tão simpáticos e gentis como tu...
Grande abraço!
Olá amigo!
ResponderExcluirOBRIGADO POR TUA VISITA EM MEU ESPAÇO!
VIM LHE VISITAR E APRECIAR SEUS TEXTOS!
QUE OS ANJOS CONSPIRAM SEMPREM A FAVOR DE TODOS NÓS!
ADOREI... BJSSS
Mensagens interessantes a que posta aqui, Waldemir. E olha que fui entrando, lendo, pensando... e gostei.
ResponderExcluirBeijUivooooooooooooosssssssssss da Loba
Oi navegando cheguei aki.Quero te convidar a participar de uma campanha do meu blog "o milagre que Jesus fêz".É uma campanha mt abençoada.Está no "menu",click no selo.Tem uma sala especial com vários testemunhos.Participe tbm.Vamos glorificar o Nome do Senhor.Dias abençoados prá vc.
ResponderExcluirhttp://manancialdeamor.zip.net/
Oi, amigo. Belíssimo poema.Uma vez um professor me fez decorar, não só eu, a turma toda, mas como não tenho facilidade para isso, só lembro dos primeiros versos de cor. No entanto, mesmo com essa metodologia um pouco atrasada, ele conseguiu que eu conhecesse o poema.
ResponderExcluirBonita poesía...Un beso.
ResponderExcluirOlá Valdemir, tudo bom meu brother?
ResponderExcluirAqui estou novamente - como sempre. É preciso lutar, viver o presente, afinal o presente é o caminho da luz... Excelente poema de Gonçalves Dias! Quero agradecer as suas palavras e elogios, e dizer que é ótimo ter a sua amizade, é uma honra pra mim, ser amigo de um grande sábio.
Abraços!
Sir E.G.
♣^^Very interesting place! Thanks for all!^^♣
ResponderExcluirMuchas gracias por la visita y tu comentario.
ResponderExcluirBello blog tienes.
Estaré pendiente para leerte
Un abrazo, desde Madrid
Gizz
Obrigada pela visita, Valdemir.
ResponderExcluirVolte sempre que quiser!
Pase y he encontrado una paz solo de leer esto Dios nos da conforto en la tristeza....
ResponderExcluirQue tengas un buen domingo...
Paso a dejarte un saludo cordial desde Berlín.
ResponderExcluirValdemir: que presente lindo que você deixou no blog Palavras de Osho! "Todo o bem que eu puder fazer, toda a ternura que eu puder demonstrar a qualquer ser humano, que eu os faça agora, que não os adie ou esqueça, pois não passarei duas vezes pelo mesmo caminho." Maravilhoso, maravilhoso, maravilhoso. Uma das frases mais maravilhosas que já vi na minha vida ... Eu é que digo: Obrigado! Obrigado! Obrigado!
ResponderExcluirEstou louco para comprar um computador para visitar belíssimos blogs como este bem mais vezes. Vamos ver se ainda esta semana dá certo.
E QUANTO AGRADEÇO, ESTOU DIZENDO QUE SÓ PODE TER SIDO ALGO MÁGICO QUE OCORREU: EU ESTAVA ESTA SEMANA TENTANDO DECIDIR SE ENTRARIA DE CABEÇA NA MINHA POESIA OU SE DEIXARIA UM ESPAÇO PARA ALGUNS HOBBIES NA MINHA VIDA. ESTA FRASE ME DEU A DIREÇÃO: VIDA TOTALMENTE DEDICADA À POESIA: AQUI VOU EU!
Murilo - blog Palavras de Osho
Gosto muito de Gonçalves Dias e esta poesia me reanima a cada dia. É tanto o prazer que vou postar em meu blog, BLOGZIL. Obrigada
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